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Sexta-feira, 24/08/2018

Especial Libertadores: Monumental! A final antecipada contra o River e o gol de Juninho

No quinto dia da série especial sobre os 20 anos do título da Libertadores, o Site Oficial do Vasco lembra do jogo mais difícil daquela campanha: contra o River Plate, no Monumental de Nuñez. Quem esteve em campo naquele 21 de julho de 1998, relembra o mix de emoções que foi aquela partida, desde suportar à pressão do forte adversário até o alívio pelo gol de Juninho, aos 36 do segundo tempo, numa cobrança de falta que acabou virando música da torcida.
O desenrolar daquela Libertadores colocou as semifinais entre Vasco e River Plate de um lado, enquanto Barcelona (EQU) e Cerro Porteño (PAR) brigavam pela outra vaga na decisão. Técnico do Vasco, Lopes sabia que se eliminasse os argentinos na semifinal, dificilmente perderia aquele título. Mas tratou de não passar esse clima de “final antecipada” aos jogadores:
– Nós, da comissão técnica, sabíamos que o título estava sendo disputado ali. Eles tinham uma seleção, um timaço. Depois que conseguimos aquela classificação, vislumbramos que havia uma grande possibilidade de título. Com todo respeito a equipe do Barcelona (EQU), a gente sabia que passando do River, seria muito difícil tirar o título do Vasco. Foi uma partida complicada, lá no reduto deles. O Monumental estava lotado, mas nosso time conseguiu suportar a pressão. E quando saiu aquele gol do Juninho, eu beijei minha medalhinha e agradeci – conta Lopes.

Juninho é abraçado por Pedrinho e Donizete (Foto: Arquivo AFP)

A delegação Cruzmaltina desembarcou em Buenos Aires com uma vantag/em. No primeiro jogo, no Rio de Janeiro, o Vasco venceu por 1 a 0, gol de Donizete. Com um grande elenco na época, os argentinos deixaram São Januário confiantes na classificação, já que decidiriam diante de sua torcida. O gol de Sorín, aos 25 do primeiro tempo, só fez com que a pressão aumentasse, como lembra o zagueiro e capitão Mauro Galvão:
– Foi realmente muito difícil. O River fez o gol logo no início do jogo, deu um gás pro time deles, eles precisavam fazer dois a zero. A gente conversou em campo e acertou que não podia levar o gol. O primeiro tempo a gente ainda conseguiu sair, respirar e contra-atacar, mas no segundo tempo, perdemos essa ligação com o ataque e o Lopes mexeu. Numa dessas o Juninho entrou e a única forma de fazer um gol era na bola parada. Como aconteceu. Acho que foi o Vagner que sofreu a falta, que também entrou. Voltamos a ganhar o meio de campo, equilibramos e não sofremos tanto. Juninho bateu bem, e acabou fazendo o gol, que pra nós foi um libertação. Foi um alívio Um momento pra se respirar. Todos colaboraram. Entenderam que era pra sofrer e segurar o resultado.



Juninho é abraçado após o fim do jogo (Foto: Arquivo AFP)

Companheiro de zaga de Mauro Galvão, Odvan também lembra que foi um jogo de muito trabalho para o sistema defensivo. O “zagueiro-zagueiro” foi um dos que mais trabalhou naquela partida e ressalta que o gol de Juninho foi um prêmio pela partida e a campanha que o Vasco fez.
– O jogo contra o River Plate foi muito difícil. Era um time bem entrosado, tinha um quarteto ofensivo muito bom, mas graças a Deus nós suportamos aquela pressão. Apesar de termos passado um sufoco, o time se comportou bem e conseguimos a classificação para a final. Aquele gol do Juninho premiou o nosso esforço naquele jogo – conta o zagueiro.

Artilheiro do Vasco naquela competição, com sete gols marcados, Luizão brinca com o gol mais lembrado daquela conquista:

– Eu fiz sete gols naquela Libertadores e o Juninho só fez esse. Mas ninguém se lembra dos meus e só fala do gol dele (risos). Sempre que o encontro eu falo isso.


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